Agência americana de medicamentos ampliou possibilidade de uso do Spravatto como terapia principal, além do uso como adjuvante na terapia com antidepressivos convencionais, e medida tem impacto para uso intravenoso no Brasil.
Em janeiro de 2025, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos ampliou a aprovação do Spravato (cloridrato de escetamina) para uso como monoterapia em adultos com transtorno depressivo maior (TDM) que não responderam adequadamente a pelo menos dois antidepressivos orais.
A aprovação tem implicações para o uso da cetamina intravenosa no tratamento da depressão, já que o uso off-label dessa via de administração é estudado e reconhecido, inclusive no Brasil.
A decisão, que repercutiu em veículos como Medscape, CNN e CNBC representa um marco significativo no tratamento da depressão grave, oferecendo uma nova opção terapêutica para pacientes que não obtiveram sucesso com os tratamentos convencionais.
Novos estudos
A aprovação inicial do Spravato pelo FDA, em 2019, restringia seu uso em combinação com antidepressivos orais para pacientes com depressão resistente ao tratamento. No entanto, estudos subsequentes demonstraram a eficácia e a segurança do Spravato como terapia autônoma.
Novos dados clínicos indicaram que o uso isolado do medicamento resultou em uma redução significativa dos sintomas depressivos em comparação com o placebo, e que uma porcentagem significativa dos pacientes tratados alcançou remissão.
Consequências práticas
Para os profissionais de saúde, a aprovação da escetamina como terapia única permite uma abordagem mais personalizada. Os médicos agora podem considerar a terapia com cetamina como uma alternativa viável sem a necessidade de combiná-la com outros antidepressivos.
Para os pacientes, essa aprovação pode ser especialmente importante para aqueles que não toleram bem os efeitos colaterais dos antidepressivos orais.
É importante notar que a cetamina deve ser sempre administrada sob supervisão médica em centros de saúde certificados, devido ao seu potencial de efeitos colaterais e ao risco de abuso. Isso garante que os pacientes recebam monitoramento adequado durante o tratamento e é valido tanto para a via de administração nasal como a intravenosa.